22 de dezembro de 2008


No deserto,
vi uma criatura nua, brutal,
que de cócoras na terra
tinha o seu próprio coração
nas mãos, e comia…
Disse-lhe: “É bom, amigo?”
“É amargo – respondeu –,
amargo, mas gosto
porque é amargo
e porque é o meu coração.

herberto helder

1 comentário:

JSP disse...

o poeta consensual ataca outra vez, carvalho.