29 de setembro de 2007

Menezes OK, Mendes KO



O Santana tinha razão. O país (e o PSD) está doido.

Desculpem lá castas, não queria baixar o nível do blog com politiquices, mas é só hoje.

28 de setembro de 2007

A vingança dos livreiros

Ok, são baratinhos, mas lá por estarem em saldo têm que vir com defeito? Quando custavam dez ou quinze euros não vi estes autocolantes nas capas. Deve ser uma espécie de vingança dos livreiros: “Sim, podes levá-los a 1 euro, mas pensavas que ia ser assim tão fácil? Agora tenta arrancar os autocolantezinhos sem rasgar a capa. Vá lá, então? Não consegues? Rasgou? Ohhhhh que pena. Não, não posso trocar. (gargalhada maléfica)”.


26 de setembro de 2007

Para crises verdadeiras, rolos fingidos

Eu já desconfiava, mas ontem tive a certeza. A crise não afecta só os pobrezinhos. Descobri-o na Av. de Roma, aquela que eu supunha servir a classe média bem na vida. No passeio, já quase ao pé do Hotel Roma, anuncia-se um talho que, para não destoar das aparências da zona “bem”, se deu o nome de “Boutique da Carne”. Mas não há aparências que resistam a uma crise que sentou definitivamente o seu c* gordo em cima das nossas espremidas carteiras. Ali, em vez de lombo verdadeiro, que custa pra cima duma fortuna, há rolo fingido a 2,98 euros. E claro, a baratucha perna de perú que bem arranjadinha com batatas no forno rende para uma casa de família. O que este país está a precisar é de ir buscar a Filipa Vacondeus com as suas dicas para fazer um arroz de chouriço sem chouriço e o Chefe Silva da Teleculinária com as suas avisadas receitas de bacalhau corrente. Disse ele várias vezes nas revistas que a minha mãe coleccionava nos anos 80 (entretanto roubei-lhe algumas) que a receita para ser bem feita pede lombos de bacalhau graúdo, mas que o corrente faz as vezes, sobretudo em tempos de crise.



P.S. Para fazer arroz de chouriço sem chouriço: (Receita de Filipa Vacondeus)
Da próxima vez que comprarem chouriço não deitem fora aquele cordel que ata as pontas. Aproveitem e façam boa figura com pouco dinheiro. Cozam o cordel e as pontinhas do chouriço que normalmente vai pró lixo e usem a água da cozedura para fazer o arroz. Aquilo não é uma porcaria porque, lá diz o provérbio: “água fervida, bicheza morrida”.

ahhhhh paris







25 de setembro de 2007

mulher avestruz



apetece ir a madrid só para ver a mulher avestruz.

24 de setembro de 2007

Para quem gosta de fotos com gente dentro








India, 2007

Autor: João Pedro Gonçalves

Maria Callas Madame Butterfly

Uma descoberta recente! O que ainda há uns tempos eram só "gritos", provoca-me agora arrepios nos braços (o que é sempre bom sinal) e profunda emoção...Quem diria? Ópera, Trincadeira?!!!

18 de setembro de 2007

Aprendam, que eles não duram sempre

"Sou um bocado surrealístico com relação a isso. Mas posso estar enganado", taxista sobre o Festival Internacional do Taxi, que decorre até domingo em Lisboa

O motorista dizia que tinha ouvido na rádio que vinha cá um francês falar sobre o sector, que ia haver uns colóquios e que fizeram umas bandeiras para o profissional pôr no carro.

Aqui em baixo ficam os brindes que os meus delicados ouvidos não ouviram (porque Trincadeira honrada não tem ouvidos) a caminho de casa.

"Eu quero é que eles metam o francês no c*... com perdão da palavra. Eu não sei francês e não me interessa saber"
"Os colóquios é prós estudantes e pros pensadores. Pra mim não vai lá ninguém!
"E depois, em vez de mandarem fazer umas canetas, umas coisas celebrativas para o profissional do taxe ir buscar ... não, mandam fazer umas bandeiras amarelas que só servem pra ir pró lixo".
"Se fizessem uma coisa pra nós ainda vá lá. Mas eu sei lá quem é que anda a meter umas coroas ao bolso com isto"

Aprendam, que a sabedoria do taxista não dura sempre. Ou dura?

17 de setembro de 2007

quem dá mais?

portugal devia seguir com mais atenção alguns exemplos do que se passa por esse mundo fora (ou dentro).
kanye west e 50 cent degladiam-se para saber quem vende mais.

ao que parece, se amanhã mr west surgir em primeiro lugar na tabela de vendas nos eua, tal como aconteceu no reino unido, mr cent terá de cumprir aquilo que prometeu: retirar-se da ribalta e manter apenas o trabalho como produtor.

ora, em portugal há muito artista que podia lançar este desafio e deixava as nossas alminhas mais aliviadas.
os anjos podiam propor este combate ao joão pedro pais e à mafalda veiga. dois histéricos contra dois insonsos.
ou as chiquititas parolas podiam desafiar o avô cantigas, esse fantasminha brincalhão.
a lista é quase interminável, mas é aliciante. hum?
o problema é que teríamos sempre que aturar metade deles.


é claro que entre kanye west e 50 cent a luta é de milhões de cópias. milhões.
cá, os números ficam-se pelas "platinas" de 20 a 60 mil unidades. e já é muito.

13 de setembro de 2007

Eu quero ser uma velha sem rugas na cabeça

Aquelas velhas já foram como eu
E pensar nisso
Não alivia a sensação de repulsa
Que a vista das suas pernas deformadas me provoca.
Não é a celulite que me incomoda
Nem tão pouco os seus poucos cabelos brancos
São velhas recém operadas
Algumas andam tortas
As suas mãos são nodosas e manchadas
Os seus cabelos são pintados ou branco-lilás.
Demoram-se no vestiário e na casa de banho
E exalam um insistente cheiro a pó-de-arroz.
A sua voz é fina como um fio de nylon
Das suas meias de descanso.
As velhas têm muitas queixas para fazer
E fazem-nas entre dentes ou em alta voz.
Mas são as silenciosas que me assustam
Murmuram bons-dias com bocas desconfiadas
E olhos inchados de solidões mal dormidas
Tratam-se por doutoras e senhoras ou meninas
E nunca riem.
No ginásio receitado pela fisioterapeuta
As velhas mancam, quase todas.
Às vezes há uma velha que parece mais nova
Chegou aos 76 com poucas rugas na cabeça.
Com ar de quem tem pressa,
Conta que o filho vai hoje lá a casa
E que na praça já não havia peixe
E que teve pena porque “o miúdo” gosta de peixe.
Se alguém tinha visto o “Goucha” ontem
Que lhe deu vontade de rir, o “malandro”
Confessou-me, entre risos, que nunca foi ao cabeleireiro
E que o segredo dos seus caracóis perfeitos
É um preparado de cerveja preta, aplicado de manhã (!)
A mais velha das mais velhas
Ostenta que vive!

Incomoda-me vir a ter as costas deformadas
Mas o que eu queria
Era ser uma velha sem rugas na cabeça.

9 de setembro de 2007

uma ilustração para domingo



porque os domingos não são só polaroids, aqui vai uma ilustração que além de ser o que é, ainda é a capa de um disco que vai sair em breve.

8 de setembro de 2007

exigências para a rentreé


quero que publiquem o próximo livro de jonathan coe, já.
e que reeditem o "mr. vertigo" de paul auster.
posso não ter lido todos os clássicos e ser uma criatura inculta, mas ficava feliz se me fizessem o favor de publicar os dois livros.