24 de julho de 2007

hum?



por estes dias tenho palavras novas no meu dicionário de ritês/português:
mimão (limão)
cacauola (caracol)
tataua (tartaruga)
chã (maçã)
chia (melancia)
peia (pêra)
uba (uva)
fó e fô (avó e avô)
chão (televisão)
nony (noddy)
ninão (campainha)

23 de julho de 2007

barrigada de bolas de berlim


durante uma semana de férias na praia enchi a pança de bolas de berliiiiim deliciosas.

15 de julho de 2007

Pior que uma fotografia de um pôr-do-sol...




Só duas fotografias de dois pores-do-sol!





11 de julho de 2007

Ai qu`eu morro óstrufiada!

“Óstrufiada” é uma palavra nova, inventada por uma cigana aflita com o calor do meio-dia no mercado da Boa-Hora. O vocábulo nasceu há poucos dias e não será imortalizado em dicionários da Língua Portuguesa. Mas era a altura certa para nascer e a mulher que o proferiu tinha as suas razões. As palavras novas tem sempre as suas razões. Eu, que lá fui de passagem, registei-a. O grito que lhe saiu da garganta, quase cantado, era uma queixa banal e consensual. Está calor, o mercado está cheio de gente, há pouca ventilação... é normal que se queixem do calor. Mas, “óstrufiada” não é qualquer um que inventa. A cigana não foi à escola, como é normal acontecer com as mulheres ciganas. E atrapalhou-se? Não. Encheu o peito, abriu a boca e gritou ... "a gente aqui morre óstrufiada com o calor". Nós rimos muito. Gargalhadas e tudo. Tivemos anedota para o resto do dia. Rimos tanto que até sufocámos, por pouco não morríamos... "óstrufiados" com o riso. E a palavra ficou. Já não morre. Por isso, o seu a seu dono. "Óstrufiado" é um vocábulo novinho em folha, nasceu há poucos dias no mercado da Boa-Hora, freguesia da Ajuda, da fúria encalorada de uma mulher aflita com o calor.

7 de julho de 2007

isto sim é promoção

Com uma manta nas pernas, porque aqui faz frio, e um naperon a resguardar a minha linha tv, vi a cerimónia das sete maravilhas.
e o que vi?
o ben kingsley a semicerrar os olhinhos para conseguir ler o teleponto, o carreras a fazer playback, o cortés a bater numa caixa sem ter dado dois passitos olé, a dulce pontes a berrar e a chaka khan a desafinar.
e uma jornalista da tvi a entrevistar o alcaide de machu picchu. delirante.
sócrates, com um fato azul-motorista-da-carris e um sete na lapela, disse: foi um espectáculo muito lindo.
salvou-se a jennifer lopez, o camané e a mariza. e o cristiano ronaldo.
três horas e meia de promoção de portugal.

3 de julho de 2007

isto sim é publicidade

aqui ao pé do tejo há rapazes e raparigas a oferecer "free hugs". patrocinados pela optimus.
e ainda por cima as pessoas aderiam.
abraços grátis para todos.
paz e amor no sbsr.

2 de julho de 2007

valsa de um homem carente

Se alguma vez te parecer
ouvir coisas sem sentido
não ligues, sou eu a dizer
que quero ficar contigo
e apenas obedeço
com as artes que conheço
ao princípio activo
que rege desde o começo
e mantém o mundo vivo
Se alguma vez me vires fazer

figuras teatrais
dignas dum palhaço pobre
sou eu a dançar a mais nobre
das danças nupciais
vê minhas plumas cardeais
em todo o seu esplendor
sou eu, sou eu, nem mais
a suplicar o teu amor
É a dança mais pungente

mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente.

jorge palma