30 de novembro de 2007

29 de novembro de 2007

A melhor prenda (para mulheres cansadas de aturar os maridos)


Cortesia: fogacho

O marido de Vossa Excelência fuma? Ofereça-lhe cigarros. O seu marido tem problemas de colesterol? Ofereça-lhe um copioso banquete rico em gorduras saturadas. O seu marido é alcoólico? Ofereça-lhe uma caixa de Jameson. O seu marido é “junkie”? Há no mercado oferta variada de cocaínas e heroínas.
No caso de Vossa Excelência pertencer à percentagem muito reduzida de esposas a quem calhou um marido que não é parvo de todo, previna-se com argumentos sólidos e mostre-lhe a publicidade. O texto publicitário que se segue pode chegar.
O presente inesperado é o mais desejado. Parabéns!. V. Demonstrou ser uma pessoa moderna e de requintado bom gosto. O seu presente foi um verdadeiro achado. V. não lhe quis dar mais uma dessas coisas complicadas que nunca se usam. Deu-lhe uma prenda prática e original. Ofereceu-lhe os cigarros que Ele fuma nas novas caixas de dez maços da Kart.”
No caso do seu marido ser do tipo mesmo desconfiado, recorra enfim aos métodos ancestrais e ponha um batonzinho nos lábios. Faça-lhe uns olhares malandrecos e já agora use um vestidinho justo, (só se for rapariga esbelta como eu) na altura de abrir os presentes!

26 de novembro de 2007

aprendam, porque eu não duro sempre


"As uvas têm umas bocas grandes chamadas ‘stigmata’ e é por aí que respiram e que desenvolvem o açúcar para o vinho".

24 de novembro de 2007

20 de novembro de 2007

15 de novembro de 2007

Casal dull

Aconteceu que discutimos longamente a quantidade de cubos de calçada portuguesa que enchem o passeio que rodeia o nosso prédio. Fizemos as contas mais loucas, divergimos em quantidades, e argumentámos com os argumentos de quem não percebe nada do assunto. Como a wikipédia não tivesse (desta vez) a resposta, chegámos a um impasse. Corremos pelas escadas abaixo para medir in loco por causa das teimas. A discussão foi acesa. No final, usando como referência o comprimento dos carros estacionados e a medida dos nossos pés, concordámos que andariam à volta de 260 mil. Foram 15 minutos bem regados, ups, quer dizer, bem passados!

14 de novembro de 2007

13 de novembro de 2007

sopa de puta fina

em ambiente sopeiro, não resisto a recordar uma das minhas sopas preferidas.
fazia-se ocasionalmente lá em casa quando havia preguiça para cozinhar. geralmente calhava ao domingo à noite, hora de neura.
sei que leva muito alho, pão duro, muitos coentros, azeite e ovos mexidos no final.
não demora mais do que meia hora.
parece sopa alentejana, mas na minha terra chama-se sopa de puta fina.

há circo na cidade

não sou uma fã maluca da música dos xutos & pontapés, mas acho muita graça aos músicos, por todo o espírito rock n´roll que os envolve e pelas ideias novas que eles têm para tocar mais do mesmo, mas com outros embrulhos.
desta vez vão ter circo num concerto no campo pequeno para celebrar os vinte anos do álbum "circo de feras".
vão lá estar "a casinha", "contentores", "na américa", "vida malvada" e até "aventura homossexual do general custer" de um single que saiu depois.
não haverá leões nem domadores (ooohhh), mas esperam-se contorcionistas, trapezistas e outros istas do novo circo.
serão 50 pessoas em palco a 08 e 09 de dezembro e será gravado para mais tarde recordar.

11 de novembro de 2007

Receita de sopa que ferve uma manhã inteira e onde se usam couves tenras que se mandaram apanhar na horta às primeiras horas da manhã

Não resisti a sublinhar algumas passagens.

"Num panelão de barro ou de esmalte, deitam-se alguns ossos de vaca, ossos de leitão assado (se os houver), um naco de presunto, 4 ou 5 cenouras, sal e pimenta. Cobre-se com água fria e deixa-se ferver durante uma manhã inteira. A meio da manhã, manda-se apanhar na horta 2 ou 3 couves tenras, as quais, depois de se terem lavado muito bem, ripam-se para dentro da panela. Uma hora antes de servir, deitam-se fatias de pão cortadas o mais fino possível, mas antes de se deitar o pão, retiram-se os ossos todos da sopa. A porção de pão varia conforme se queira sopa em caldo ou género sopa seca. Cerca de 30 minutos antes do almoço prova-se e tempera-se com uma boa chávena de molho de leitão e com mais uma pitada de sal, se necessário. Ferve sempre, desde as primeiras horas da manhã, até à hora de estarem todos à mesa, à espera dela."



A receita intitula-se "Sopa fervida como se faz na minha família", vem assinada pelo "Doutor Lopo Cancella de Abreu", médico, no nº 70 da revista de culinária Banquete, de Dezembro de 1965.
Se não me engano o autor da receita foi ministro do Estado Novo e era o marido da directora da Banquete, Maria Emília Cancella de Abreu

8 de novembro de 2007

Carta aberta de uma cliente insatisfeita e desembolsada ao



Venho por este meio manifestar o meu apreço e admiração pela forma que o Metropolitano de Lisboa encontrou para cobrar a 10 euros um serviço que está tabelado a 7. Fiquei orgulhosa pela inteligência das cabeças que gerem a Vossa estimável empresa na prestação de um serviço público. É ainda com prazer que reparo que a administração do Metro está de consciência tranquila e certamente orgulhosa pela esperteza saloia com que brinda os cidadãos de Lisboa. Moeda aqui…moeda ali…são milhões ao fim do ano que saem das nossas carteiras para as vossas contas bancárias.
Mas o que me traz pela primeira vez ao Vosso convívio é a artimanha da "taxa de urgência" pelo cartão Lisboa Viva. O preço do cartão, uma renovação, é de sete euros. Mas claro…demora 14 dias. Duas semanas inteiras, é coisa para ficar bem feitinho, digo eu. Mas há um problema. É que, entretanto, não posso ficar em casa à espera que o cartão esteja pronto. Tenho que usar o Metro para ir trabalhar e gastar o equivalente a um passe urbano para 30 dias em bilhetes, mais coisa menos coisa. Não faz muito sentido pois não? Mas não tenho alternativa. Quer dizer…tenho. A funcionária do Metro que me revelou a solução, no balcão do Colégio Militar, estava até envergonhada, mas dever é dever:
- "Sabe, se pagar três euros a mais pode ter o cartão já amanhã. Acaba por compensar"
- "Ai é? Então é possível fazer de um dia para o outro? Então não leva 14 dias?", perguntei eu desconfiada. Aquilo parecia conversa de candonga.
- "Esse é o prazo normal. Mas se pagar a taxa extra, não. E compensa num dia só de viagens, não é?".
- "Ah, uma taxa extra. Boa ideia, mas porque é que me sinto enganada?"
- …

Fantástico. É como pedir um almoço tabelado a 20 euros e poder comê-lo só ao jantar. Mas se pagar 40 euros, posso comê-lo efectivamente à hora do almoço. Há coisas que são demais, que são evidências, que não são intelectualmente defensáveis. Esta vossa artimanha não é defensável a nenhum título, lamento. É patética. É ridícula. Dar-vos-ei com agrado os 10 euros, afinal o preço real do cartão. Ouso é sugerir que no próximo ano tabelem o preço de um cartão novo a 9,9 euros. São menos … 10 centimos mas a vossa honestidade não sairá beliscada. E isso não é pouco. Entretanto, se vos – e quando digo `vos´ dirijo-me aos decisores – se precisarem de mais uns trocos ao fim do ano para fazer boa figura junto dos accionistas, ou para os bónus no Natal, apitem que é sempre possível ajudar um amigo em necessidade.

4 de novembro de 2007

o que fazemos todos os dias?




Gato semáforo

O meu gato arranjou um sistema inteligente para comunicar comigo sem recurso aos miados. Quando tem fome, abre a pestana e vê-se a luz azul: "pode abastecer". Quando não quer mimos e apenas paz e sossego, abre a pestana e mostra o sinal vermelho. Evita-se a miadeira e as arranhadelas. É muito eficaz, não me posso esquecer de patentear a invenção. Não é difícil imaginar o estado de espírito do Peta no momento da foto: "Deixa-me em paz e vai buscar a paparoca!".