acabo de chegar de uma visita ao estabelecimento prisional de tires.
fiquei deprimida só de olhar para aquelas paredes forradas a azulejo rosa e para os corredores cheios de portinholas para as celas e com algumas reclusas em pose de alerta e a fumar.
fiquei ainda mais deprimida ao ver os filhos delas, por estarem também naquele ambiente sem terem culpa nenhum da merda que as mães fizeram. fui lá por causa do dia do livro, onde se falou da leitura como acto de liberdade. mas as reclusas, atenção, não tinham permissão de falar com ninguém.
depois disso, apanho um táxi e o condutor diz-me que está há cinco anos em portugal, depois de ter estado 19 nos estados unidos.
tem dupla nacionalidade, mantém o passaporte norte-americano que diz que "vale ouro" e diz que não votou bush nas últimas eleições.
um dos trabalhos que teve nos estados unidos foi na prisão de sing sing, no estado de nova iorque, sobre o qual me falou sobretudo da cadeira eléctrica e do cemitério.
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