29 de março de 2009
A Castelbel promete e cumpre: cheira bem, cheira ao Barreiro
Adorei os perfumes para a casa. Na etiqueta, a Castelbel, empresa portuguesa que exporta 90 por cento da produção para os EUA, promete o "aroma solarengo das casas portuguesas".
Um mero slogan para os compradores americanos? Não! O meu gajo jura-me que um dos sabonetes, penso que o de figo e amora, cheira "à casa da tia do Barreiro" quando ele era piqueno. Pronto.
Aqui está um bom exemplo de promessas cumpridas. E eu só não cumpro mais porque são escandalosamente caros.
Ora, se a Castelbel anda por aí a roubar os cheiros das nossas casas, sejam elas no Barreiro ou em Lisboa, não nos podia fazer a coisa por um terço do preço?!
A descoberta do dia: Papel perfumado para forrar as gavetas! O difícil é escolher, desta vez veio o de Magnólia, mas desconfio que aquelas gavetas vão mudar muita vez de forro.
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coisas giras,
coisas muito coooool
27 de março de 2009
Tirem os carros dos passeios!
Uma iniciativa à qual vou aderir ferozmente! É imprimir a imagem e fazer autocolantes. Cola-se na janela do carro que estiver a impedir a circulação dos peões, estacionado em cima de uma passadeira por ex.
Funciona como "multa" ao egoísmo daqueles que só pensam nos seus umbigos. O blog chama-se "Quero andar a pé! Posso?", uma boa razão mas há muitas outras, normalmente esquecidas: as pessoas que se deslocam em cadeiras de rodas por exemplo. Já vi, é aflitivo e revoltante não conseguir sair de casa porque alguem decidiu que ali era um bom lugar para estacionar...duh!
Temos direito à "acção popular" prevista pela Constituição para promover a qualidade de vida e a preservação do ambiente e do património, por ex a calçada portuguesa que não resiste a tanta pneuzada!
aqui fica o link para enviarem as provas do crime.
14 de março de 2009
11 de março de 2009
"Não morro sem voar"
Ela disse que nunca mais se esqueceria daqueles dois dias na Serra da Estrela.
"- É tão bonito, mãe, mas eu olho pela janela e não consigo dormir.
- Porquê filho?
- Porque depois abro os olhos e não me lembro que estamos aqui"
Ela levava três sacos de supermercado com as coisas dela e sentou-se atrás de mim no autocarro. Ela cheirava a lixívia, tinha o cabelo despenteado e as mãos vermelhas e grossas e vestia uma camisola de lã muito usada e um casaco de fazenda aos quadrados dois tamanhos acima. Ela tinha um ar desleixado que contrastava com a maneira bonita e ordenada como contou a maravilha daqueles dois dias na Serra da Estrela.
“Ficámos os quatro num quarto. A gente arranjou-se bem, havia duas camas. A cama grande ficou para os miúdos. É que o mais velho tem dificuldades em dormir, assim ficavam melhor”
“O miúdo não conseguia dormir. Não está habituado. É verdade que eu também nunca tinha ficado num hotel. Foi a primeira vez, vejam bem, aos 46 anos. Foi um passeio muito bonito. O hotel chama-se Monte do Rio. Uma empresa espanhola é que organizou a excursão e correu tudo tão bem…”
“O almoço do primeiro dia foi frango no forno com batatinhas, um arroz com ervilhas e cenouras. Uma salada e pudim. Tão bom. Havia um garoto que nunca queria comer, a mãe via-se aflita mas até uma omeleta lhe fizeram!”
“Ainda bem que os espanhóis organizam estes passeios, de outra maneira não conhecia a Serra da Estrela e outros lugares tão bonitos que o nosso país tem”.
“Comprámos uma varinha mágica e pagámos só 55 euros por cada um. Andei a poupar desde Agosto”.
“Nós? nunca, nunca nos desentendemos por causa de dinheiro, era o que faltava. Sou muito feliz e ele também é".
“Esteve sol a tarde inteira…tudo verdinho já, cheirava tão bem a flores, as árvores, as ovelhas, as casinhas, tudo coisas que não se vêem aqui em Lisboa. Um casal comprou três queijos!”
“Ai…todos os dias me lembro do passeio e já foi há 15 dias”.
“O que também não me esquece é um almoço de uma carne muito boa, o cabrito, uma vez em Guimarães. Já foi há muitos anos, tinha casado há poucos meses e fomos com um casal amigo que têm carro”
“Aquela carne, o cabrito, tem que ser feita de uma maneira especial. Tudo muito bem temperado, coisas que eu não sei fazer. Nunca mais comi uma carne assim tão boa”.
“Uma coisa que hei-de fazer é tomar banho nas praias do Algarve. Havemos de lá ir um dia, nem que não seja no pino do Verão. A ver se eles organizam um passeio ao Algarve, ouvi falar em Monte Gordo mas o que eu gostava era aquela praia com as rochas. Sim, essa, a Praia da Rocha”.
“Isso e andar de avião. À Madeira ou aos Açores. Isso não, não morro sem voar”
"- É tão bonito, mãe, mas eu olho pela janela e não consigo dormir.
- Porquê filho?
- Porque depois abro os olhos e não me lembro que estamos aqui"
Ela levava três sacos de supermercado com as coisas dela e sentou-se atrás de mim no autocarro. Ela cheirava a lixívia, tinha o cabelo despenteado e as mãos vermelhas e grossas e vestia uma camisola de lã muito usada e um casaco de fazenda aos quadrados dois tamanhos acima. Ela tinha um ar desleixado que contrastava com a maneira bonita e ordenada como contou a maravilha daqueles dois dias na Serra da Estrela.
“Ficámos os quatro num quarto. A gente arranjou-se bem, havia duas camas. A cama grande ficou para os miúdos. É que o mais velho tem dificuldades em dormir, assim ficavam melhor”
“O miúdo não conseguia dormir. Não está habituado. É verdade que eu também nunca tinha ficado num hotel. Foi a primeira vez, vejam bem, aos 46 anos. Foi um passeio muito bonito. O hotel chama-se Monte do Rio. Uma empresa espanhola é que organizou a excursão e correu tudo tão bem…”
“O almoço do primeiro dia foi frango no forno com batatinhas, um arroz com ervilhas e cenouras. Uma salada e pudim. Tão bom. Havia um garoto que nunca queria comer, a mãe via-se aflita mas até uma omeleta lhe fizeram!”
“Ainda bem que os espanhóis organizam estes passeios, de outra maneira não conhecia a Serra da Estrela e outros lugares tão bonitos que o nosso país tem”.
“Comprámos uma varinha mágica e pagámos só 55 euros por cada um. Andei a poupar desde Agosto”.
“Nós? nunca, nunca nos desentendemos por causa de dinheiro, era o que faltava. Sou muito feliz e ele também é".
“Esteve sol a tarde inteira…tudo verdinho já, cheirava tão bem a flores, as árvores, as ovelhas, as casinhas, tudo coisas que não se vêem aqui em Lisboa. Um casal comprou três queijos!”
“Ai…todos os dias me lembro do passeio e já foi há 15 dias”.
“O que também não me esquece é um almoço de uma carne muito boa, o cabrito, uma vez em Guimarães. Já foi há muitos anos, tinha casado há poucos meses e fomos com um casal amigo que têm carro”
“Aquela carne, o cabrito, tem que ser feita de uma maneira especial. Tudo muito bem temperado, coisas que eu não sei fazer. Nunca mais comi uma carne assim tão boa”.
“Uma coisa que hei-de fazer é tomar banho nas praias do Algarve. Havemos de lá ir um dia, nem que não seja no pino do Verão. A ver se eles organizam um passeio ao Algarve, ouvi falar em Monte Gordo mas o que eu gostava era aquela praia com as rochas. Sim, essa, a Praia da Rocha”.
“Isso e andar de avião. À Madeira ou aos Açores. Isso não, não morro sem voar”
5 de março de 2009
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